Representante do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) esteve em Curvelândia (270 km de Cuiabá), neste sábado (06.04), para conhecer a caverna do Jabuti, a maior de Mato Grosso e identificar os potenciais turísticos da região. Organizado pelo senador Pedro Taques (PDT), Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Consórcio do Completo Nascente do Pantanal e Comitê Gestor Destino Indutor de Cáceres, o evento com a presença do governo federal no local abriu as portas para novos caminhos de apoio e financiamento para o turismo da região. Senador Pedro Taques ressaltou que a caverna do Jabuti faz parte de um completo turístico que deve promovido e firmou compromisso de continuar articulando junto ao governo federal para que a região seja beneficiada com recursos. "A economia do turismo traz desenvolvimento de forma sustentável. É do interesse da classe política e comunidade local impulsionar esse setor e eu, como senador, estou ajudando nessa causa", disse Pedro Taques. Coordenadora de Acompanhamento e Estruturação de Produtos da Embratur, Delma Andrade, disse que o desenvolvimento do turismo numa região depende de como o setor é tratado pelos poderes executivo, legislativo e comunidade. "E aqui vejo esse envolvimento e a vontade que este setor prospere. Estou aqui, em nome do presidente da Embratur, Flávio Dino, juntamente para identificar esse potencial e podermos trabalhar juntos. Temos a Copa do Mundo, Olimpíadas e Mato Grosso é, sem dúvida, um dos destinos estratégicos do Brasil para a promoção internacional". Rota das Águas Pedro Taques destacou ainda o papel desempenhado pela secretaria de Turismo de Mato Grosso, que já tem trabalho pelo desenvolvimento turístico da região. Depois de acompanhar o prefeito de Curvelândia, vereadores e o deputado estadual Ezequiel Fonseca em reunião com o presidente da Embratur, Flávio Dino, Pedro Taques entrou em contato com a secretária para o trabalho em parceria. A secretária Teté Bezerra pontuou que a caverna do Jabuti é apenas um dos equipamentos turísticos que compõe o roteiro denominado Rota das Águas. "O turista não virá apenas para visitar a caverna, mas será atraído pela séria de produtos e equipamentos turísticos. Temos que destacar que turismo é uma atividade econômica e que deve ser tratada com seriedade", disse a secretária. A Rota das Águas é formanda pelas cidade Cáceres, Curvelândia, Rio Branco, Salto do Céu, Lambari D`Oeste, São José dos Quatro Marcos, Mirassol D’Oeste, Rio Branco e Reserva do Cabaçal. Prefeitos ou representantes de todas essas cidade participaram da vista à caverna e da reunião técnica. Também participaram do evento representantes de Vila Bela da Santíssima Trindade, Pontes e Lacerda, Jauru, o prefeito de Cáceres, Francis Maris, além do deputado Airton Português (PSD). Demandas jurídicas Problemas burocráticos para a transferência de recursos para infraestrutura da caverna é um dos empecilhos que devem ser resolvidos. O Parque da Caverna do Jabuti - aproximadamente 2 km de área externa onde está a central do visitante e a trilha até a boca da caverna - faz parte de uma assentamento da reforma agrária. O posseiro do terreno já fez a doação para a prefeitura. No entanto, ainda é preciso uma doação do Incra, evitando impedimentos jurídicos para a transferências de recursos via governo federal e estadual. O senador Pedro Taques colocou a assessoria jurídica do gabinete à disposição da prefeitura para a resolução deste problema. Além disso, irá fazer gestões junto ao Incra para a concretização do termo de doação. A caverna A caverna do Jabuti é a maior de Mato Grosso, com 4 km de desenvolvimento interior. São dezenas de salões, um deles, do tamanho de um campo de futebol. No entanto, a visitação ainda não está aberta ao público, nem mesmo com guias. Chefe do Parque da Caverna, Fabiana Bezerra trabalha há nove anos no local. Junto com a Unemat, fez o mapeamento de todo o interior da caverna. Segundo ela, entre as prioridades para a abertura do local, está o término da construção do centro de visitantes e a instalação de equipamentos de segurança dentro da caverna, tanto para os visitantes como para a proteção da formação interna da caverna. "O local abriga formações muito delicadas, como as estalactites e estalagmites, que demoram milhões de anos para se formarem. É preciso equipar a caverna de maneira que esse bem natural raro que temos aqui pode ser visto pela população, usando uma fórmula sustentável para que esse patrimônio não seja degradado", explicou a chefe do parque. Para Fabiana, a caverna do Jabuti tem grande potencial de atração de público por ser de fácil o e ter galerias internas amplas. A trilha até a boca da caverna é curta, apenas 600 metros de caminhada. "É possível fazer roteiros que permitam a exploração por crianças, idosos e pessoas com deficiência física. Temos um bem natural raro e que pode ser explorado democraticamente e de forma sustentável", disse a guia. 2t4x3t