O Pacto em defesa das Cabeceiras do Pantanal é um compromisso formal formulado pelos 25 municípios onde estão as nascentes do Pantanal. Além dos municípios fazem parte do pacto a sociedade civil, setor privado (reconhecidos como usuários pela lei da águas) e demais autoridades para promover o desenvolvimento sustentável da região por meio da formação de parcerias e a gestão compartilhada de ações e atividades.

Os 25 municípios são Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste,Mirassol D’Oeste, Nova Marilândia, Nova Olímpia,Nortelândia, Porto Estrela, Rio Branco, Saltodo Céu, Santo Afonso, Reserva do Cabaçal, Porto Esperidião, São José dos Quatro Marcos e Tangará da Serra. Eles estão situados na chamada caixa d´água do Pantanal, onde estão as nascentes do rio Paraguai e de seus afluentes, como os rios Sepotuba, Cabaçal e Jauru.

Construídos de forma consensual e participativa, o objetivo do Pacto das águas é instrumentalizar a região, sua esfera pública, setor privado e a sociedade civil, com uma visão estratégica sobrea situação da região e da gestão dos recursos hídricos com o propósito de garantir água em quantidade, qualidade e regularidade para aatual e as futuras gerações e o funcionamentodo ecossistema pantaneiro.

O problema e a importância do Pacto A Bacia do Rio Paraguai abrange a maior planície inundável do planeta, o Pantanal que é considerado Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988 e Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO desde 2000.

A bacia do Rio Paraguai abriga mais de 8 milhões de habitantes com 70% vivem em centros urbanos, e que portanto dependem da manutenção dos serviços ambientais em pleno funcionamento nesta região. Esta forte presença humana, tanto pela população local quanto pelos milhares de turistas que visitam a região todos os anos, coloca o Pantanal sob forte pressão antrópica trazendo graves impactos relacionados ao uso inadequado dos recursos naturais, em especial nas áreas de cabeceira que coloca em risco a conservação do pulso de inundação natural na planície pantaneira.

Com objetivo de contribuir com a preservação ambiental no Brasil, sobretudo a proteção às águas, a WWF-Brasil e o Instituto Trata Brasil se uniram para realizar projetos conjuntos.

As entidades pretendem atuar ativamente para encontrar soluções e defender políticas públicas que promovam a proteção da natureza e maior engajamento da sociedade na manutenção da quantidade e qualidade das águas, bem como os avanços em saneamento básico. A atuação em prol do Pacto das Cabeceiras do Pantanal faz parte desse esforço.

O novo estudo do Instituto Trata Brasil, feito em parceria com a WWF Brasil e autoria da pesquisadora Dra. Denise Kronemberger,
tem como objetivo analisar a possível relação entre o saneamento básico e as doenças, sobretudo as diarreias. 
Visa também medir a participação das crianças menores de 5 anos e os impactos no Sistema Único de Saúde resultantes do esgotamento sanitário inadequado nos 25 municípios do Estado de Mato Grosso.